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sábado, 3 de abril de 2010

Graça comum

Graça comum!
          Tenho percebido que nos últimos tempos o mundanismo tem encontrado força dentro da igreja por conta de uma doutrina mal interpretada chamada de “Graça comum”, não quero acreditar que isso seja propositalmente, prefiro crer em ignorância teológica. Quero salientar que não sou Calvinista e ou Arminiano. Sou pastor batista por convicção e graças a Deus nós temos um equilíbrio entre estes dois conceitos. Como minha formação esta ligada a Teologia e Música Sacra fico preocupado como opiniões de líderes que cada vez ganham mais adéptos que a música profana é melhor do que a música sacra.
          Em alguns blogs tenho visto colegas de ministério e crentes em Jesus Cristo defendendo que músicas profanas em detrimento da música sacra por terem aversões as cantores chamados “Gospel’s”. Isso não é motivo para nós deturparmos o amor, graça e Justiça de Deus em prol de gostos pessoais, baseados em argumentos vazios.
          A graça comum ensina uma atitude favorável de Deus para com todos os homens em geral. A prova dada para este ponto foi a “chuva e a luz do sol” que os incrédulos recebem de Deus. Quando eu rejeito a doutrina da graça comum, minha negação não significa que eu ensino que a chuva e a luz do sol que os ímpios recebem não são boas. Elas são boas. Os ímpios devem reconhecê-las como boas. E elas são dadas aos ímpios por Deus. Meu problema a graça comum é que ela ensina que Deus dá aquelas coisas aos ímpios por sua graça para com eles. Graça, na Bíblia, é termo referente única e exclusivamente à salvação, indicando a firme decisão de Deus em Salvar.
          A graça comum ensina que Deus refreia o progresso desenfreado (desimpedido) do pecado, pela operação geral do Espírito Santo. Ele faz isto em seus corações sem regenerá-los. Quando eu rejeito este conceito, minha objeção não é com a verdade de que Deus refreia o pecado. Minha não é que Deus não refreie o pecado. Deus refreia os pecadores de fazerem todas as ações más concebíveis. Se não fosse este o caso, o mundo seria um caos. Minha objeção é que a doutrina da Graça Comum ensina que Deus refreia o pecado por uma operação graciosa do Seu Espírito e numa atitude de favor para com eles. Há outras explicações, de qualquer forma, (além da operação do Espírito Santo em seus corações) pelas quais os homens não cometem todos os pecados imagináveis. Os ímpios estão tão ocupados perseguindo uma cobiça, que eles não cometem todas delas. Se eles forem amantes do dinheiro, por exemplo, eles abrirão mão algum outro pecado para perseguir esta única cobiça – conseguir tanto dinheiro quanto possível. Outra explicação pode ser dada pelas quais os homens não cometem todos os pecados possíveis. Uma razão óbvia é que os homens não desejam sofrer a má conseqüência do mal. Eles ainda têm a consideração pela ordem e decência na sociedade. Mas eles têm consideração por isto porque vêem que é benéfico para eles. Um homem se abstém do assassinato, não porque Deus o refreia; ele quer salvar sua própria pele. Deus ordenou o magistrado, para que a indisciplina dos homens seja contida e tudo ocorra entre eles em boa ordem e decência. Para este fim Ele forneceu às autoridades a poder.
          Os incrédulos que não são regenerados podem fazer boas obras, não boas salvificamente, mas boas civilmente. Quando objetamos a ponto na doutrina da Graça Comum, nossa objeção não deve ser tomada como significando que os incrédulos não podem fazer algo útil, benéfico, ou exteriormente correto. Não digo que porque um incrédulo pode fazer uma caneta, ela não é uma boa caneta e, portanto não posso usá-la; ou que porque ele fez esta camisa, portanto, ela não é uma boa camisa e eu não posso (talvez) vesti-la. Eu não digo isso, porque um incrédulo escreveu um livro, este não pode ser, portanto, um livro útil para o crente? Nossa objeção é simplesmente esta: O incrédulo não pode fazer algo pelo qual Deus esteja satisfeito com ele pessoalmente. Não há obras que os incrédulos realizem as quais Deus aprove, sobre as quais Ele diga “boa obra”, e sobre a qual Ele coloque o Seu selo de aprovação. Todas as obras dos incrédulos são injustas.
          Os “cristãos antíteses” (paráfrase minha) são chamados de ignorante por estes que defendem este conceito : Que todas as bnçãos^recebidas pela humanidade são originadas em Deus. (seja no domínio físico, intelectual, moral, social ou criativo). “Não poderia ser Deus (que é amor) um Deus que não amasse totalmente sua criação. A maior bênção que deu a toda a criação foi criá-la "a sua imagem e semelhança”daí nosso potencial criativo, social, intelectual etc.” (Pr. Davi Freitas) Não vou citar o nome dos cantores por questões legais, mas alguns deste que são citados como presenteados por esta graça comum são: Espíritas, Ogans, Ateus, etc...
          Deus chama o Seu povo para viver em oposição ao mundo. Nós somos chamados para dizer “Sim” a todas as coisas de Deus, e dizer “Não” a todas as coisas do mundo. Nós somos chamados para viver em separação espiritual do mundanismo. Esta é a antítese.
          Quando o crente mantém a antítese, não significa que ele deseja fugir do mundo, não tomando parte na vida deste mundo. Ele não vai ficar como os Holandeses costumam dizer, zombando, “met e'n bookje in e'n hoekje” (com um pequeno livro num canto). Ele vive no mundo e toma parte em tudo as atividades de labor, governo e sociedade. A antítese significa que ele não tem nada em comum com o mundo espiritualmente, que ele é chamado para “sair do meio deles” e ser separado.
          A razão do seu chamado para viver a antítese é que os Cristãos são um povo diferente. A vida do filho de Deus regenerado no mundo tem sua origem na nova vida de Cristo e é direcionada pelo poder da graça de Deus em Cristo. É um viver e andar no Espírito Santo. É exatamente a luta do filho de Deus, dia a dia afora, para viver, pensar, querer, sentir, falar e agir de acordo com Jesus Cristo, pelo poder do Espírito Santo. A vida do incrédulo não regenerado, em contraste, tem sua origem na carne, isto é, na natureza depravada humana, e é direcionada pelo poder do pecado. É um viver e andar no pecado. Portanto, as vidas do crente e do incrédulo estão em oposição.
          A antítese deve mostrar a si mesma, e mostrar a si mesma em tudo da vida. Primeiro, a vida do crente é sujeita à Palavra de Deus, enquanto que a vida do incrédulo é independente da Palavra e em rebelião contra ela. Em segundo lugar, o objetivo da vida é diferente. O crente dirige sua vida para Deus. Sua vida é centrada em Deus; o objetivo: a glória de Deus. O incrédulo deixa Deus de lado; sua vida é centrada no homem.
          Não tenho a intenção de esgotar o assunto sobre a doutrina da Graça Comum, mas abrir os olhos de alguns quanto ao perigo de se dar lugar de destaque as coisas ou melhor dizendo “as músicas não sacras” por entenderem que nossos cantores “Goslpel’s” não estão em antítese com o mundo. Cuidado! Esta é mais uma das sutilezas de Satanás.

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