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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Discipulado cristão nas Cartas de Pedro

Texto bíblico: 1Pedro 1-5; 2Pedro 1 e 2
Texto áureo: 1Pedro 3.8,9

          Quando pensamos em Pedro, lembramos desse judeu convicto que custou a aceitar a abrangência universal da obra redentora de Jesus. Um grande processo de discipulado já instaurado recebe por meio dessas cartas um farto conteúdo para crescimento e solídiíicaçâo da fé, cuja tônica é a esperança nas misericórdias e no poder do bendito Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ante as perseguições e o sofrimento. Quem ganha uma alma deve assumir o dever de edificá-la em Cristo. O grande progresso no pensamento de Pedro está claramente demonstrado, quando se dirige aos judeus e gentios e os chama de geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido para anunciar as grandezas de Deus (I Pe  2.9). Os judeus e toda a nação de Israel não eram mais o único povo de Deus e nem os únicos proclamadores das suas virtudes. Gentios e judeus são, agora, iguais perante Deus.

A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO OBTIDA
(I Pe 1.3-12)

          Se você morresse hoje, você tem certeza que iria para o céu? A salvação ocorre quando: a) uma pessoa se reconhece pecadora e perdida; b) quando entende que não pode salvar-se por ter bom caráter ou pelas boas obras; c) quando crê que Jesus morreu na cruz pelos seus pecados; d) quando por unu decisão de fé, recebe Jesus como o seu único Senhor e Salvador. É assim que uma pessoa se torna crente. Não basta ter fé na fé. A fé salvadora é depositada em Jesus Cristo. Uma pessoa lue nasceu de novo tem fome da Palavra de Deus. Um morto não tem fome. A salvação não só nos dá um novo destino eterno, mas um novo viver terreno. Mesmo nos sofrimentos e nas provações deve haver alegria por causa da viva esperança que a salvação nos trouxe. O sofrimento, a pobreza não têm colocado limite na alegria dos crentes no mundo. Por causa da nossa vida tão voltada para as coisas materiais, esquecemos que o nosso nome está escrito no Livro da Vida ( Lc 10.20). Diz o autor sacro que "o céu éJesus e onde ele estiver, o céu será ali". Tenhamos esta fé.

O BOM TESTEMUNHO
(I Pe 2.11-17)

          O que é um perfume? É um cheiro agradável de uma substância aromática. Essa fragrância não se vê. Ela é exalada a partir das qualidades interiores de algum produto. Para o apóstolo Paulo, somos um aroma de Cristo (II Co 2.15) e a carta de Cristo conhecida e lida por todos os homens (2Co 3.2,3). Que tamanha responsabilidade! O que Pedro está ensinando é que precisamos ter um comportamento tão bonito, tão irrepreensível que as pessoas glorifiquem a Deus pelas nossas ações. Devemos serexemplos no cumprimento das leis, no pagamento dos impostos; não adquirir artigos pirateados e cuidado no uso de xerox. Devemos ser submissos aos governantes em tudo aquilo que não ferir a nossa consciência diante de Deus, tanto nos direitos quanto nos deveres. Só pelo fato de uma coisa ser legal, não lhe garante ser biblicamente certa. Alguns crentes jogam na loteria e se justificam por ser algo que a lei permite. Os motéis são legais e, também, o uso de cigarro e bebidas alcoólicas. Nenhum incrédulo espera ver um crente utilizando de tais diversões. Antes de tomar qualquer atitude neste sentido, devemos seguir os conselhos de T.B. Maston e julgar as consequências negativas disso na minha vida, na vida dos outros e na causa de Cristo. Se tudo contribuir positivamente, tenho liberdade para fazer.

A VIVÊNCIA CRISTÃ IDEAL
(I Pe 3.8-22)

          Jesus atribuiu a maior importância possível ao amor entre os irmãos: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35). Este preceito tem pelo menos duas aplicações práticas: 1)Amar uns outros não é optativo. De todo o crente se requer que ame o seu irmão em Cristo. Não amar é estar em desobediência; 2) Amar uns aos outros não é automático. É algo para fazer ou não, dependendo da minha vontade de obedecer. É uma atitude assumida. Deus quer que amemos uns aos outros de boa vontade, desejando o bem-estar do outro. De todo o crente se requer que ame o seu irmão em Cristo. Não amar é estar em desobediência Assim como existe entre membros de famílias terrenas um natural amor de irmãos, muito mais deveria haver entre os membros da família de Deus. O amor é algo interno que se demonstra por ações externas. Essa ligação entre atitudes e ações faz do amor teórico um amor prático. Fazendo uma autoanálise, como você responderia estas questões: 1) De que pessoa já me tornei servo? 2) Quem é que peca contra mim mas não consegue esgotar a minha paciência? 3) Pelas fraquezas de quem eu me compadeço? 4) A favor de quem eu tenho me sacrificado ultimamente? 5) Vamos estar todos juntos no céu. Mas será que há cristãos que eu não quero perto de mim?

A VIGILÂNCIA NECESSÁRIA
(I Pe 4.7-11)

          Mais uma a vez, a Bíblia nos chama a atenção para o uso dos dons espirituais, com os quais ministramos uns aos outros. O texto fala de hospitalidade, de serviço, de profecia, de pastoreio mútuo. A rnutualidade cria e mantém o ambiente mais propício ao exercício dos dons e faz com que todo irmão participe, de modo eficiente, dos ministérios coletivos da igreja. O fim é a glória de Deus e a edificação dos outros. Não podemos pensar num discipulado ocorrendo no vácuo. Conheço alguns discipuladores que mantêm o  novos convertidos isolados da igreja para não serem "contaminados': Evitar que um novo convertido possa crescer em comunhão com os demais membros da igreja para não se contaminar com atitudes e práticas indesejáveis é coisa muita estranha.  Será que os maus exemplos poderão ter mais força que os bons? Se assim for, será melhor não evangelizar ninguém e primeiro cuidar da vida dos que já estão na igreja. O pastor Martin Luther King disse: "O que mais me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons!" Não permitamos que um pequeno grupo de descomprometidos com a causa tenha mais força que uma igreja toda!

A ANSIEDADE VENCIDA
(I Pe 5.6,7)

          Jesus, em Mateus 6.25 já afirmou: "Não estejais ansiosos quanto à vossa vida ..." Ele já sabia que a ansiedade permearia o nosso viver. Antes da ansiedade vem a preocupação. A ansiedade gera a angústia. A ansiedade é o desejo de controle numa situação e a angústia é uma ansiedade sem controle. Tudo nasce na preocupação. Em vez de alguém se preocupar deveria se ocupar. Por exemplo, uma pessoa está desempregada, em vez de se preocupar, deveria se ocupar na busca de um novo emprego. É certo, também, que alguém humilde tende a ser menos ansioso. O humilde tem uma expectativa menor da vida, das pessoas e maior de Deus. Quem se humilha abre um enorme espaço para a manifestação da graça divina. O soberbo enfrenta a resistência de Deus, mas ao humilde ele dá graça (Tg 4.6). Na parábola de Lucas 18.9-14, o soberbo fariseu é rejeitado e o humilde publicano foi justificado. Discipulado é vida na vida. É investir na vida do outro para que ele aprenda, cresça e se reproduza.


CONCLUSÃO: UMA VIDA CRISTÃ CRESCENTE
(II Pe 1.5-8)

          Discipulado é vida na vida. Éinvestir na vida do outro para que ele aprenda, cresça e se reproduza. A dinâmica, aqui declarada, segue degraus desde a fé, passando pela virtude, ciência, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e chega ao amor. Somos chamados para crescer. O conhecer maisa Cristo faz com que a graça e a paz sejam multiplicadas em meu coração. Recebemos as promessas que nos ajudam a viver a nova vida, com valores diferentes. É pela fé nas promessas de Deus que se inicia a caminhada com ele. Elas nos fazem participantes da natureza divina. O Espírito Santo faz a obra mas o crente precisa estar envolvido ativamente no processo. Épossível conhecer Cristo plenamente e ser inoperante e improdutivo. Atividade não quer dizer produtividade. Há muitos que fazem muito e produzem pouco. Pedro ensina que subindo os degraus da fé ao amor, no pleno conhecimento de Jesus, seremos
operantes e produtivos.

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